terça-feira, 16 de novembro de 2010

Seminário Interno de Informática Educativa da RME de Caxias do Sul

Seminário Interno de Informática Educativa da RME de Caxias do Sul

2ª Etapa - 05/11/10 - Palestra "Educação e Tecnologia - Uma Parceria que dá certo"

Ministrante : Profº. Dr. José Armando Valente - NIED-UNICAMP e CED-PUCSP

Dr. Valente esteve em Caxias em 1994, de lá pra cá passaram-se mais de 15 anos.E hoje, dia 05 de novembro estamos aqui com ele de novo, no auditório do Colégio São José. O tema é " Educação e Tecnologia - Uma parceria que dá certo". O auditório está cheio, a parceria com a UCS, trouxe muitos estudantes de computação e professores de outras áreas também.

Desde que os computadores foram introduzidos na Educação, nos anos 80, a intenção era formar professores para serem capazes de integrar os computadores nas atividades de sala de aula. Mas até hoje essa integração não acontece, e isso não é só do Brasil. Qual a razão?

Com esta constatação, Valente inicia sua palestra.

Como as TDIC (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) são tratadas no currículo? Aí está a razão da desintegração.

Valente refletiu sobre Currículo e tecnologias. Como fazer a integração? Como integrar as TDIC aos conteúdos diciplinares auxiliando no processo de construção de conhecimento?

Desde 1980, no Brasil se pensa nessa integração. A informática nas escolas iniciou nos anos 80 com o MSX, ensinando a programar com a linguagem Logo. Mas o Logo estava muito longe do que o professor fazia em sala de aula ...

Hoje temos contato com novas mídias ou tecnologias digitais: Internet, vídeo, som, fotografia, celular etc... há uma grande convergência de mídias, originando as TDIC. Comunidades sociais, a realidade virtual, DVD, jogos de computadores, web, Internet, computadores multimídia abrem portas para inúmeras possibilidades.

Porém dentro de toda essa revolução, esquecemos como as coisas funcionam, a programação. Sabemos usar muito bem, mas não sabemos como funcionam.

Segundo a definição e seleção de Competências Chave, elaborado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) as competências essenciais são:

- Comunicação na Língua Materna; em linguas estrangeiras; Competência matemática e competências básicas em ciências e tecnologia; Competência digital; Aprender a aprender; Competências sociais e cívicas; Espírito de iniciativa e espírito empresarial; Sensibilidade e expressão culturais.

A competência digital está dentro das essenciais para a formação do cidadão e das competências que vão nortear políticas educacionais.

TDIC não são mais como ferramentas ou recurso, mas como linguagem para representação dos conhecimentos e portanto determinante do currículo. Porém na tentativa de integração com o currículo as TDIC roubam a cena, não ocorrendo a integração, pois não são usadas aproveitando todo seu potencial para a aprendizagem.

As razões da desintegração estão no documento:

www.escola.gov.pt/docs/CompetenciasTIC-EstudoImplementacaoVoII.pdf


Temos que trabalhar como fazer a integração.

Possíveis razões da falta de integração:

Escassez de infra-estrutura (não é o caso da Finlândia, que tem infra-estrutura, mas sem integração.);

Rápida evolução das TDIC;

Formação inadequada dos educadores (não basta conhecimento, mas mudança de concepções para promover a integração);

Necessidade de trabalhar crenças e teorias pessoais dos educadores;

necessidade de tempo para o domínio pedagógico das tecnologias.


O uso pedagógico das TDIC está relacionado com as concepções e teorias pessoais.

Negligenciar crenças e teorias pessoais pode acarretar o choque de duas culturas opostas.


Como se dá a apropriação das TDIC nos educadores? Segundo o trabalho de Marilene A.F.Borges a base é o lado emocional.

O domínio pedagógico ds TDIC não se dá por decreto mas por etapas.

Conceitos básicos:

aplicação em conteúdos disciplinares;

integração das TDIC nos currículos;

transformação pedagógica.


Possíveis soluções:

Mudança no currículo que foi elaborado para a era do papel e lápis. Era digital: exploração, animação.

http://www.slideshare.net/webcurriculopuc/do-currculo-papel-e-lpis-ao-digital

Valente nos mostrou uma equação de 2º grau para papel e lápis e depois uma simulação feita a partir do site de simulação PHET.

http://phet.colorado.edu/


Na educação tradicional a Ação vem em último lugar. Primeiro aprendemos o conceito, interpretação, compreensão e Ação (estágios), assim fomos formados.

Uma educação baseada na experimentação deve começar pelo inverso, primeiro a ação, depois a reflexão e compreensão (teoria).

É necessario ampliar o conceito de letramento, tendo em vista as diversas linguagens e escritos.

Multiplas habilidades e modalidades: letramento digital, visual e sonoro. Quando se cria oportunidades, se descobre talentos, mas quando se determina, limita-se a criatividade.


Software educacionais próximos dos conteúdos disciplinares como o Projeto Migen LKL que auxilia no processo de generalização matemática (Inglaterra).

http://migenproject.wordpress.com/

Projetos de Laptops em sala de aula:

www.esec-povoa-lanhoso.rcts.pt/

http://sites.google.com/site/netaulas/portateis


O uso dos Laptops é um grande desafio. O projeto UCA – Ceibal no Uruguai

No Uruguai quase 80% das escola já fazem parte do projeto Ceibal, mais de 380 mil laptops já foram distribuidos na rede estadual de ensino

Temos que entender que nada está terminado, mas em processo de produção, requer criatividade por parte dos educadores.

Ações Práticas:

Incentivar múltiplas experiências

não esperar que haja consenso pedagógico

promover experiências que visam a apropriação tecnológica.

Fim da palestra, perguntas e a ciencia de um novo olhar da nossa realidade. O grande aprendizado é sermos capazes de empreender essa transição. Nós professores somos como barqueiros que devem assegurar essa travessia no desafio da renovação possibilitando a integração das TDIC nas escolas.

Profª Vera Medeiros

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reunião pedagógica - Inclusão


Reunião pedagógica - Inclusão


Reunião pedagógica

No dia 22 de outubro, a professora Amalia Noemia Cardoso foi convidada pelo coordenador e direção da escola, para fazer uma palestra a respeito da inclusão, bem como das dificuldades enfrentadas pelos professores no processo ensino-aprendizagem.

Essa palestra trouxe muitas orientações que servirão como estratégia na elaboração dos planos de aula. Também foi disponibilizado um material de apoio, para que os professores utilizem como recurso para promover a aprendizagem e desenvolver habilidades.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Logo – Linguagem de Programação na Aprendizagem

Logo - Linguagem de Programação na Aprendizagem


Professor Jair Rippel Júnior


Minha Experiência com o Logo foi nos tempos de escola, quando o computador ainda era novidade. Numa tela preta com caracteres verdes e sem qualquer imagem. Exceto um triângulo pequeno representando a “Tat” no centro da tela. Uma tartaruga que entendia seu próprio idioma e obedecia o usuário em todas as instruções dadas. Enxergar na tela o desenho inicialmente vislumbrado apenas na mente proporcionou os primeiros contatos com a ideia de programação de computadores. Mesmo não tendo tido a oportunidade de programar.

Anos mais tarde, na faculdade em uma disciplina de informática educativa foi-me apresentado o software “Megalogo” que utilizava a mesma linguagem do programa demonstrado anos antes. Só que agora em um ambiente mais moderno. Ainda que a tela tivesse milhões de cores a mais do que a monocromática de antes, o modo para se comunicar com a Tat era praticamente o mesmo. Foi minha primeira oportunidade como programador. Em uma linguagem simples e instigadora, fui descobrindo os recursos do Logo nas horas vagas enquanto criava sistemas cada vez mais complexos.

Hoje sou um dos adeptos dessa linguagem de programação como ferramenta de apoio na aprendizagem.

Ao sentar-se diante do computador e movimentar o mouse a fim de fazer com que o ponteiro do mouse atravesse a tela, o usuário não considera a infinidade de variáveis envolvidas para que interação entre o usuário e a máquina ocorra de forma eficaz.

Por trás da “mágica” de movimentar objetos feitos de pontos de luz, existe um trabalho de milhares de pessoas. Tudo com o objetivo de prever o que você vai fazer ou faria com sua mão e dedos esperando na tela um resultado visual do que estaria por acontecer.

O programador tem o poder de fazer essas previsões e deixar pronto para que você seja o usuário do sistema que ele desenvolveu.

Quando uma criança tem a oportunidade de colocar-se no lugar do programador, ela experimenta a sensação de criar algo novo independente do resultado final. O quadrado desenhado em sua mente ainda não existe concretamenta senão na própria mente.

Ela não precisa visualizar o resultado, mas o faz para verificar se o próprio raciocínio estava correto. Não se dará conta de que, na grande maioria das vezes, aconteceu de faltar um pequeno detalhe. No entanto, isso não a desanimou, porque ao dar-se conta do que faltara, proporcionou a si mesma um novo aprendizado. Em vez da frustração pelo insucesso, existe a motivação para a execução de novo teste, após alteração na linha de comando.

Pronto! Objetivo alcançado! Acabará por aqui? Certamente não. Porque o prazer de desvendar novos desafios estão apenas começando a surgir, e quanto mais complexos e intrigantes se tornarem, maior será o esforço empregado a fim de que as respostas sejam obtidas a partir de cada um.

Antes de criar seu primeiro programa, o aluno deve estar familiarizado com alguns conceitos matemáticos essenciais à utilização da linguagem Logo. Aqui deve-se ter a capacidade de identificar os principais ângulos compreendidos em uma volta completa (360º). Também, noções de medida e de utilização de unidades também se fazem necessárias, pois o resultado gráfico dos movimentos da tartaruga na tela estarão todos alicerçados nesses conhecimentos.

Só então os comandos deverão ser apresentados. É importante que a apresentação de cada comando ocorra pela necessidade de realização de alguma tarefa ou para simplificação de determinada rotina.

Quando a criança já está mais familiarizada com os comandos principais, é natural que ela própria faça seus questionamentos. Aqui reside o grande benefício de aprender a programar. Quando o programador senta a frente de uma tela em branco, ele tem em sua mente apenas uma vaga ideia de como será ficará ao terminar. Saber focar sua atenção para a resolução individual de cada problema que surge, proporciona um grande grau de organização tanto interna com externamente da pessoa.

Outra grande vantagem experimentada é no que se refere ao exercício do raciocínio lógico-matemático. A cada rotina iniciada, há que se criar uma série de comandos que devem ser executados de forma coesa e precisa a fim de que o resultado esperado seja alcançado na prática. Como isso tudo é, num primeiro momento, realizado mentalmente, segue-se uma valorização significatica do pensamento abstrato daquele que programa.

Quem programa sabe que a maior parte do tempo empregado está reservada aos testes. Raramente aquilo que se gostaria de ter feito sai pronto na primeira tentativa. É aqui que observa-se uma melhora na capacidade de lidar e se adaptar com os erros e falhas do dia-a-dia. O erro portanto não é visto como algo ruim. E sim, uma oportunidade para se criar novas estratégias para a resolução de novos problemas em vez de sucumbir ao medo de enfrentar os desafios e nunca vê-los solucionados.



sexta-feira, 2 de julho de 2010

CURRÍCULO, HABILIDADES, COMPETÊNCIAS, CONCEITO

CURRÍCULO, HABILIDADES, COMPETÊNCIAS, CONCEITO


CURRÍCULO: UM ALINHAMENTO NECESSÁRIO

Dra. Guiomar Namo Mello

Como ponto de partida devemos entender as características, o DNA da educação escolar.
Características da Educação escolar:
1-É um serviço, uma atividade de interesse público e por ser de interesse público tem alguma regulação do estado, tanto para a pública como a privada.
2-Ela é universal: se destina a todos, sem nenhuma excessão. Ainda que a cobertura não seja universal, o que se busca é uma cobertura universal a toda a educação básica que vai desde a educação infantil até o final do ensino médio.
3-É certificadora: sendo certificadora ela é geradora de direitos, até por isso que depende também da regulação do estado.
A escola é a agência, o lugar onde a educação básica se concretiza. Ela não é uma instituição qualquer.
Como se estrutura a escola?
É um organismo que lida com o tempo e o espaço. Existe uma estrutura física e um ritmo temporal. A escola se dá através de tempos. Ela é o serviço público mais marcado pelo tempo: começa num determinado mês do ano, tem determinada duração, tem tempos de passagem do primeiro trimestre para o segundo, do primeiro para o segundo ano, que são próprios do trabalho da escola, portanto a infra- estrutura dela é o espaço e o tempo. Gerenciar uma escola tem muito de gerenciar tempo e espaço. Ela tem uma equipe de gente e um conjunto de crianças e jovens a quem ela serve, pode- se considerar o coração da escola, aí que pulsa. A energia toda da escola passa pela pulsação professores e alunos.
A escola tem um instrumental , as ferramentas que são os materiais de ensino, as bibliotecas, os livros, os laboratórios, os computadores enfim todo o conjunto de recursos que é mobilizado para ajudar o professor.
A escola tem um sistema de avaliação, um processo de detectar se as coisas estão indo bem, o que é preciso fazer para mudar, o que fazer, se os alunos estão aprendendo ou não.
A escola tem uma personalidade própria, cuja a expressão mais nobre da escola: a proposta pedagógica da escola, o qual marca a identidade daquela escola.
A escola tem um cérebro que é que articula, que coordena,que comanda : o currículo.
O currículo é o articulador de todos estes recursos: dos professores, dos materiais, dos alunos, da infra-estrutura.

Esta articulação que o currículo faz dentro da escola é muito importante porque só aí é que o currículo realmente se expressa de um modo concreto.
O verdadeiro currículo é o que está em prática na escola para isso ele tem que articular o tempo, o espaço, quais os recursos humanos vai contar, quais materiais didáticos vai contar para ensinar e aprender, como vai ser avaliado, quais são as necessidades dos alunos e dos professores.
O currículo também é a conexão com o ambiente institucional maior o qual a escola está inserida: município, estado.
O currículo conecta a escola com o ambiente institucional geral: legislação, com marcos legais, etc e também conecta a escola com outra escola. O que há em comum entre duas escolas provavelmente deverá ser o seu currículo.
O currículo é a conexão com o mundo real, porque é no currículo que estão os conteúdos que terão que ser trabalhados para constituir um conjunto de competências, habilidades,


aprendizagens, etc. Esses conteúdos que o currículo articula tem haver com o mundo real. A escola deve fazer conexão com a conteúdo em estudo e a história da vida real.É importante que o currículo espelhe aquilo que está no seu contexto.
Todo o currículo é cultura, mas nem toda a cultura é currículo. Existem culturas que não gostaríamos que fossem recortadas e levadas para o da escola.
Atividades fora da escol como passeios de estudos , não são consideradas atividades extra curriculares e sim como currículo.O que acontece na escola ou é curricular ou não deveria estar acontecendo na escola, ou seja, o que acontece na escola tem haver com o conjunto de conteúdos, atitudes e valores que se quer se constituir em nossos alunos.
Currículo como alinhamento porque tem diferentes níveis de especificações. Todo o país tem uma especificação nacional a respeito de que tipo de pessoa quer formar, quais são os conteúdos que ele quer selecionar para serem trabalhados na escola, , isto é uma questão nacional,está na constituição
Referencial curricular deve estar de acordo com as orientações nacionais, deve incorporar a visão, as estratégias do governo do RS, os municípios também podem fazer isso.Responde as diretrizes nacionais, mas deve ser mais específico, orientar mais em detalhes o trabalho de cada escola, para poder funcionar em rede, que as escolas tenham o mínimo de unidade.
Quem contextualiza o currículo é o professor, a escola..
O que unifica o currículo é a competência que quero construir a partir do conjunto de conteúdos que vou eleger.

Fundamentos do currículo do século XXI:

* No ponto de vista legal deve ser:

- Comprometido com a prática social e o trabalho;
- Tem que aprender a ensinar as crianças a continuarem aprendendo;
- Mais do que uma informação bruta, precisa entender a utilidade da referida informação;
- Voltado às competências;
- O conteúdo passa a ser um meio e não fim;
- Aprendizagem como fim e não como meio;


No ponto de vista filosófico, estão nossas leis,nossas diretrizes:

- Estético: diversidade e sensibilidade;
- Político: igualdade e equidade;
- Ético: autonomia e identidade

No ponto de vista epistemológico: como se aprende

- Conhecimento é a construção coletiva;
- Quem constitui os conhecimentos são as linguagens: são o instrumental básico para construir o pensamento e o conhecimento;
- Cada situação de aprendizagem nova mobiliza competências e conhecimentos das aprendizagens anteriores;




* No ponto de vista pedagógico:

- Contextualização: colocar o currículo no local
- Interdisciplinariedade: pela contextualização ter disciplinas convergindo para o mesmo objetivo de ensino e aprendizagem;
- Aqueles que ensinam também aprendem: através de pesquisa, da formação continuada;

No ponto de vista didáticos:

- Estruturado: com seqüências didáticas formuladas com as aprendizagens;
- O material didático do professor é tão importante quanto o material didático do aluno;
- O currículo deve incorporar a tecnologia da comunicação e da informação como recurso didático;


Currículo comprometido com a aprendizagem é:
1-Flexível: estimula cada disciplina que se abra para ver outras coisas e fazer projetos interdisciplinares;
2-Colaborativo: os professores colaborem uns com os outros em projetos de ensino;
3-Transparente: deixa claro o que se quer que o aluno aprenda e depois poder avaliar;
4-Reflexivo: o professor pense o que vai ensinar: antes, durante e depois;
5-Investigativo: estimula o professor a usar cada situação como pesquisa de buscas de outras;
6-Prospectivo: olhar para a frente. Não é só avaliar o que o aluno não aprendeu, mas o que falta ensinar;
7-Subordina os conteúdos a constituição das competências e as habilidades.

(Projeto Professor Nota 10- Lições para o Rio Grande)




CONCEPÇÕES DE HABILIDADE

“ Aptidão, destreza,disposição para alguma coisa.” (Saraiva -1993)

“Consiste em saber como,é difícil verbalizar, adquire-se gradualmente e por prática (aquisição por descobrimento).” (Pozzo, 1998)

“ As habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano imediato do “saber fazer”. Por meio das ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se, articulam-se, possibilitando nova reorganização das competências.” (ENEM)

“É um saber fazer: operação cognitiva, ação mental (de percepção, memória, raciocínio) voluntária que pressupõe processamento, estruturação, ação pensada, por isso pode ser aprendida, desenvolvida, aperfeiçoada e automatizada.”

“É um saber fazer, um conhecimento operacional, procedimental, uma seqüência de modos operatórios (analogias,aplicações, transposições).”


CONCEPÇÕES DE COMPETÊNCIA

“ Competências são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre os objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer.” (ENEM)

“Competência é a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação.” (Perrenoud,2000)

“A competência é uma construção mental e não a mera resolução de tarefas. Quem sabe fazer deve saber por que está fazendo desta maneira e não de outra.” (Lenise A. M. Garcia)

“Para desenvolver competências é preciso antes de tudo, trabalhar por resolução de problemas [...] propor tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seu conhecimentos, habilidades e valores.”(Lenise A.M. Garcia)

“As competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas[...].As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências.”(Vasco Moreto)

“As competências não eliminam os conteúdos, por que não é possível desenvolve-las no vazio. Elas apenas norteiam a seleção dos conteúdos, para que o professor tenha presente que o que importa na educação básica não é a quantidade de informação, mas a capacidade de lidar com elas, através de processos que impliquem sua apropriação e comunicação, e, principalmente sua produção ou reconstrução, a fim de que sejam transpostas a situações novas.” (PCN Ensino Médio)



AS COMPETÊNCIAS DOS ALUNOS A SEREM DESENVOLVIDAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Conforme:

CELSO ANTUNES:

1-Dominar plenamente a leitura e escrita, lidando com seus símbolos e signos e assim beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.
2-Perceber as múltiplas linguagens utilizadas pela humanidade.
3-Perceber a matemática em suas relações com o mundo, “matematizar” suas relações com os saberes e resolver problemas.
4-Conhecer, compreender, interpretar, analisar, relacionar, comparar e sintetizar dados, fatos e situações do cotidiano e através dessa imersão adquirir não somente uma qualificação profissional, mas competências que a tornem apta a enfrentar inúmeras situações.
5-Compreender as redes de relações sociais e atuar sobre as mesmas como cidadãos.
6-Valorizar o diálogo, a negociação e as relações inter-pessoais.
7-Descobrir o encanto e a beleza nas expressões culturais de sua gente e de seu entorno.
8-Saber localizar, acessar, contextualizar e usar melhor as informações disponíveis.
9-Saber selecionar e classificas as informações recebidas, perceber de maneira crítica os diferentes meios de comunicação para melhor desenvolver sua personalidade e estar à altura de agir cada vez com maior capacidade de autonomia e discernimento.
10-Aprender o sentido da verdadeira cooperação desenvolvendo a compreensão do outro e descobrindo meios e processos para se trabalhar e respeitar os valores do pluralismo e da compreensão mútua.


BERNARDO TORO

1-Dominar a leitura, a escrita e as diversas linguagens utilizadas pelo homem.
2-Fazer cálculos e resolver problemas
3-Analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações.
4-Compreender seu entorno social e atuar sobre ele.
5-Receber criticamente os meios de comunicação.
6-Localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada.
7-Planejar, trabalhar e decidir em grupo.

TÂNIA AZEVEDO E VANIA ROWEL

1-Resolver problemas de forma viável e eficaz.
2- Utilizar adequadamente diversas linguagens humanas, sejam verbais (em nível oral e/ ou escrito) sejam não-verbais.
3- Avaliar criticamente dados, situações e fenômenos.
4- Usar adequadamente a informação acumulada.
5- Atuar em grupo.

VASCO MORETTO e as diretrizes do MEC explicitam 5 competências:

1-Domínio de linguagens;
2-Compreensão de fenômenos;
3-Construção de argumentações;
4-Soluções de problemas;
5-Elaboração de propostas;







APRENDER SIM, APRENDER O QUE: COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Dr. Lino Macedo

APENDER
Sempre foi e sempre será uma necessidade do ser humano. É um valor do ser humano.Um gosto do ser humano.
Temos duas grandes formas de aprendizagem que são:
- A primeira forma acaba configurando-se com o hábito, como um padrão condicionado, mesmo que as regulagens destas aprendizagens sejam ativas, vivas, etc. No começo acabam fixando padrões, formas, respostas que dão conta do nosso cotidiano.
-A segunda forma:é da ordem da novidade, do criativo, do que nunca será possível ser reduzido a um condicionamento, a um padrão, a um hábito, a uma limitação.É uma aprendizagem inteligente que nos possibilita enfrentar problemas, antecipar, raciocinar,interpretar, argumentar, compreender, a tomar decisões, ler e escrever o mundo, nos permite viver a complexidade do mundo, porque certas formas estabelecidas por melhores que sejam não dão conta da complexidade do problema.
As duas formas são importantes.
Nós temos hoje dois grandes lugares onde a aprendizagem acontece:
Na escola: aprende- se coisas que só na escola podemos aprender, pois exigem a presença do professor, da intencionalidade pedagógica, recursos didáticos, currículo, metodologia, avaliação,recursos materiais e uma série de coisas.
No âmbito fora da escola esta estrutura didática curricular necessariamente não existe.Ex.:numa cultura atual, tecnológica, fora da escola não precisa do professor. Na escola precisa do professor.
No âmbito da escola a aprendizagem é gerida, é responsabilizada pelos profissionais da educação.
Quanto mais complexa, quanto mais desafiadora, quanto mais tecnológica, quanto mais palpada pelos benefícios e malefícios do conhecimento científico e da tecnologia mais a forma de aprendizagem inteligente que toma decisões, faz análises, ´que pondera os efeitos das coisas, essa forma de aprendizagem deve ser desenvolvida e qualificada.

COMPETÊNCIA
(Aurélio eletrônico) é uma faculdade, é um domínio que a lei ou um sistema qualificado, para isso, concede a uma pessoa para tomar decisões para julgar.
Ex.: o juiz é um profissional que tem a competência, atribuída pela OAB, faculdade, de julgar, decidir, etc.
No mundo de hoje todos temos que aprender as coisas da escola, que a escola valoriza como fundamentais para o ser humano, de um modo inteligente, qualificado, competente, habilidoso.
Competência não se refere apenas a uma qualificação profissional, mas é necessária pelas características do mundo de hoje, para a vida como um todo.
As competências básicas fundamentais no ser humano são desenvolvidas na família, na religião e na escola.
Quais são estas competências?
Exemplo: as competências do ENEM: ler, escrever, problematizar, elaborar propostas, compreender, compreensão de fenômenos científicos, argumentar, compartilhar, elas expressariam as competências fundamentais para se tornar adulto e se comportar como adulto na sociedade de hoje.
Competências fundamentais da educação básica tanto preparam as pessoas para profissional e para a vida no seu sentido mais amplo.

HABILIDADES
São as que permitem aos jovens e crianças a dominarem no melhor dos sentidos as disciplinas escolares.
Para aprender língua portuguesa, quais as habilidades: interpretar, resumir, reconhecer, destacar, compor um texto, identificar, são as diferentes habilidades que o jovem deve ter para tornar uma pessoa que sabe escrever um texto, sabe fazer leitura criticada de um texto.
Como desenvolver competências e habilidades na sala de aula?
Transformando uma pedagogia da resposta em uma pedagogia da pergunta;
Situação problema: pensar, organizar, isto é, qual o objetivo;

“É possível hoje na nossa solidão e na nossa globalização, nós vivermos bem e sermos socialmente dignos, sermos concidadãos, sem nos qualificarmos competentemente para isso. Não desenvolver-mos habilidades para as muitas e muitas coisas que hoje todos nós,homens,mulheres,não importa profissão tenhamos, temos que desenvolver isto, até sempre.”
( Projeto: Professor Nota 10- Lições para o Rio Grande)


CONCEPÇÕES DE CONCEITO

“ Representação mental de um objeto abstrato ou concreto, que se mostra como um instrumento fundamental do pensamento em sua tarefa de identificar, descrever e classificar os diferentes elementos e aspectos da realidade.” (Hanaise)

“Construção mental, cognitiva, que representa a síntese de elementos e / ou fenômenos do real, este entendido não somente como existência empírica, mas também e, principalmente, como a dimensão de todo e qualquer objeto cognoscível.” (Azevedo, 2000)

“ Termo que representa uma série de características, propriedades, atributos, regularidades e / observações de um objeto, fenômeno ou evento relativo a um domínio de conhecimento.” (Pasanato e Nunes)

“ Rede de inferências signo- significado pelas quais se vai além de um conjunto de propriedades criteriosas observadas em um objeto ou evento até a identidade da classe do objeto em questão e daí para as inferências adicionais acerca de outras propriedades não observadas do objeto ou evento. Em suma, um conceito é uma rede de padrões de inferências, associações e relacionamentos que são predicados ou, de outro modo, postos em jogo através do ato de categorização.” (Bruner)

“ Agrupamento mental de diversas entidades em uma única categoria, a partir de uma semelhança fundamental, isto é, algo em que todas as entidades sejam semelhantes, alguma essência em comum que faça delas, em um certo sentido, a mesma coisa.”(Flavel)


INFORMAÇÃO:
Tudo aquilo que chega até nós pelos sentidos ou mais intelectualmente, reflexões, etc.

CONHECIMENTO:
É o que se retém ou se constrói intimamente com o acúmulo de informações recebidas, é individual.

Reestruturação Curricular

Em preparação à reestruturação curricular aqui estão postados textos importantes, constando concepção de habilidades e competências, conceito e currículo para serem lidos por todos os professores.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Construção do Número

A Construção do Número>
Os alunos, muito antes de começarem a frequentar uma sala de aula, têm contato diário com o sistema numérico.
Ao ver algarismos em calendários, telefones dos colegas, preços de produtos, numeração das casas e o número do calçado, informalmente eles constroem representações sobre os números e tentam compreendê-los criando teorias próprias.
Conhecendo como o aluno pensa, temos condições de fazer um planejamento mais elaborado de boas atividades.
Com o auxílio das assessoras da SMED, Marinês e Mônica, tivemos duas oficinas sobre a Construção do Número.




No link da GEEMAC - Grupo de Estudos em Educação Matemática e Científica, pode-se ter acesso à vários textos em PDF sobre a construção do número.

http://www.caxias.rs.gov.br/geemac/site/encontros.php?tipo=1